terça-feira, maio 30, 2006

Pensamento do dia

O amor é como a relva!
Tu plantas, ele cresce!
Depois, bom depois vem uma vaca qualquer e acaba com tudo....

sábado, maio 20, 2006

Havaianas?!?!



A sabedoria popular diz que, a necessidade aguça o engenho.
Estas "havaianas" são a real prova disso mesmo.

sexta-feira, maio 19, 2006

Canção de Embalar



Dorme meu menino a estrela d'alva
Já a procurei e não a vi
Se ela não vier de madrugada
Outra que eu souber será p'ra ti

Outra que eu souber na noite escura
Sobre o teu sorriso de encantar
Ouvirás cantando nas alturas
Trovas e cantigas de embalar

Trovas e cantigas muito belas
Afina a garganta meu cantor
Quando a luz se apaga nas janelas
Perde a estrela d'alva o seu fulgor

Perde a estrela d'alva pequenina
Se outra não vier para a render
Dorme qu'inda a noite é uma menina
Deixa-a vir também adormecer
Zeca Afonso

quarta-feira, maio 10, 2006

A Farsa


Sou o grito da prosa,
numa rima forçada.
A raiva da pena,
presa e amordaçada.

Se não houver,
nem poema,
nem arte,
fica a palavra...
a iludir a verdade.

Seguro o verso,
foge-me o verbo,
e a farsa disfarça...
a farsa.

Não sinto se subo,
ou desço...
quando escrevo.
Não sinto sequer se me movo,
ou se quieta me quedo.

Sinto-me leve,
como um voo...
sem terra.
Num céu de segredo,
numa cinzenta esfera.

Não sou mais alta,
nem sou mais baixa...
sou, apenas,
os dois degredos.

- JÓ -

domingo, maio 07, 2006

Feliz Dia da Mãe



Não sei

de que é feito este amor.

Não sei...

De mim, de ti,

dos encontros,

do teu grito,

do meu choro.

Desse sorriso

que me deste agora,

desde sempre,

da minha vinda

da tua espera,

desse amor prévio

e prematuro,

liga de sonho

cordão de vida.

Não sei

de que é feito este amor,

não sei...

Mas uma coisa sei mãe,

a vida é feita de ti

para sempre.



-Jó-

sábado, maio 06, 2006

Coisas da Vida - O exame

Hoje fiz a biópsia ao nódulo que tenho na mama esquerda.

Fui para o hospital ainda não eram 08h00 e atenderam-me por volta das 11h00. Escusado será dizer que a carga nervosa se foi acumulando ao longo das horas e que quando chamaram pelo intercomunicador o meu nome, dei um pulo na cadeira, parecia que estava a ser espetada por mil agulhas.

Entrei num gabinete com uma luz ténue, quase a rondar a escuridão, onde se encontrava além da médica que me fez o exame, o assistente e o pessoal auxiliar de acção médica. No meio de tanto equipamento a minha atenção foi canalizada para o monitor ao lado da cama onde me deitaram, nele podia seguir a evolução do exame.

A médica foi extremamente meiga e simpática ( o que é raro ) comigo, explicou o que iria fazer e eu tentei preparar-me para a "maldade" que ela me iria fazer daí a alguns minutos.

Mãos sobre a cabeça, deitada sobre o lado direito, sinto um jacto de ar frio sobre a mama, era o spray anestesiante para não sentir a picada. Os olhos fixos no monitor esperam ver a agulha com cerca de 10 cms entrar pela minha mama, direita ao "danadinho".

Sinto a picada e os meus olhos fecham-se, não consegui mantê-los abertos, tão intensa foi a dor que senti.

Entre os meus lamentos e as palavras de consolo que ouvia mas que mal entendia porque a dor não deixava, lá me fizeram o exame e retiraram, para análise, liquido do interior do nódulo. Pensei que o tempo tinha parado, que o relógio não se movia, as dores eram tantas que me pareceu uma eternidade o tempo que estive deitada naquela cama fria e desconfortável.

Quando voltei a abrir os olhos ao ouvir a médica dizer: "pronto já passou, por mim já pode ir embora", tinham passado 10 minutos, o meu sistema nervoso colapsou, as lágrimas correram pela minha cara e os soluços tomaram conta do meu peito. A dor intensa tinha acabado, agora restava uma dorzinha, no limite do suportável, mas a carga nervosa acumulada tinha sido tanta que ao sair do gabinete chorei convulsivamente.

Depois de me acalmar, voltei para casa, tomei um sedoxil, deitei-me com um saco de gelo sobre a mama e adormeci. Assim nada doía, não pensava em nada e nada me afligia.

Agora são 30 dias à espera do resultado, 30 dias de nervos, ansiedade e medo. 30 dias que vão parecer 30 anos, depois... Bom depois logo se verá!