sexta-feira, março 31, 2006

Simbolo de Portugal

quarta-feira, março 22, 2006

Porto desconhecido

Nos subterrâneos do Porto descobrem-se verdadeiras preciosidades, como esta imagem o documenta


Subterraneos do Porto

quarta-feira, março 08, 2006

A vida parou?!

Não sei se parou a vida ou se fui eu quem parou no meio da multidão que normalmente me circunda. Estou quieta, parada, apática, eu diria morta não fora o ténue barulho da respiração lenta e dolorosa, que escuto por entre as vozes alteradas dos que vão passando.
Olham-me e não me vêem, ouvem-me sem me escutar. Os meus gritos silenciosos perdem-se nos passos rápidos de quem não tem tempo a perder. A minha mão estendida, buscando ajuda, recebe um "aperto de mão" e um "até qualquer dia", murmurado por entre dentes num sorriso falso.
Levito, vejo as pessoas lá do alto, e assim também elas são pequenas, tão pequenas quanto eu. A dor é tanta que apetece pisar esses pontos pequeninos que não prestam atenção, que não vêem, que não ouvem, que simplesmente não têm tempo ou será que não têm vida?
Nesta vida que parou não faz sentido continuar, deixo-me parar com ela quedo-me inerte à espera. Os meus dias hão-de ter um fim!

sábado, março 04, 2006

Mulheres

Certo dia parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa: elas não são humanas. São espiãs. Espiãs de Deus, disfarçadas entre nós.
Pare para reflectir sobre o sexto-sentido. Alguém duvida de que ele exista?
E como explicar que ela saiba exactamente qual mulher, entre as presentes, em uma reunião, seja aquela que dá em cima de você? E quando ela antecipa que alguém tem o relacionamento? E quando ela diz que vai fazer frio e manda você levar um casaco?

Rio de Janeiro, 40 graus, você vai pegar um avião pra São Paulo. Só meia-hora de voo.
Ela fala pra você levar um casaco, porque "vai fazer frio"... Você não leva. O que acontece?
O avião fica preso no tráfego, em terra, por quase duas horas, depois que você já entrou, antes de decolar. O ar condicionado chega a pingar gelo de tanto frio que faz lá dentro!

"Leve um sapato extra na mala, querido. Vai que você pisa numa poça..." Se você não levar o "sapato extra", meu amigo, leve dinheiro extra para comprar outro. Pois o seu estará, sem dúvida, molhado...

O sexto-sentido não faz sentido!
É a comunicação directa com Deus!
Assim é muito fácil...

As mulheres são mães! E preparam, literalmente, gente dentro de si.
Será que Deus confiaria tamanha responsabilidade a um reles mortal? E não satisfeitas em gerar a vida, elas insistem em ensinar a vivê-la, de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral.

Fala-se em "praga de mãe", "amor de mãe", "coração de mãe"... Tudo isso é meio mágico... Talvez Ele tenha instalado o dispositivo “ coração de mãe" nos "anjos da guarda" de Seus filhos (que, aliás, foram criados à Sua imagem e semelhança.).

As mulheres choram. Ou vazam? Ou extravasam? Homens também choram, mas é um choro diferente. As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar, um não sei quê de fragilidade, um não sei quê de amor, um não sei quê de tempero divino, que tem um efeito devastador sobre os homens...
É choro feminino. É choro de mulher...

Já viram como as mulheres conversam com os olhos? Elas conseguem pedir uma a outra para mudar de assunto com apenas um olhar.
Elas fazem um comentário sarcástico com outro olhar. E apontam uma terceira pessoa com outro olhar.
Quantos tipos de olhar existem? Elas conhecem todos... Parece que que frequentam os homens!
E é com um desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens. En-fei-ti-çam!
É sabido que as mulheres confundem sexo e amor. E isso seria uma falha, se não obrigasse os homens a uma atitude mais sensível e respeitosa com a própria vida..

Pena que eles nunca verão as mulheres-anjos que têm ao lado.Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são mulheres a maior parte do tempo.

Mas elas são anjos depois do sexo-amor.
É nessa hora que elas se sentem o próprio amor encarnado e voltam a ser anjos.
E levitam.
Algumas até voam.
Mas os homens não sabem disso.
E nem poderiam.
Porque são tomados por um encantamento que os faz dormir nessa hora...
Luís Fernando Veríssimo