O Estado, e muito bem...
O meu patrão, por cada 100 euros que paga pela minha força de trabalho, é obrigado a dar ao Estado, e muito bem, mais 23,75 euros para a Segurança Social.
E por cada 100 euros de riqueza que eu produzo, o Estado, e muito bem, retira ao meu patrão outros 33 euros.
Cada vez que eu, no supermercado, gasto os 100 euros que o meu patrão me pagou, o Estado, e muito bem, fica com 19 euros para si.
Em resumo:
Quando ganho 100 euros, o Estado fica quase com 55.
Quando gasto 100 euros, o Estado, no mínimo, cobra 19.
Quando lucro 100 euros, o Estado enriquece 33.
Quando compro um carro, uma casa, herdo um quadro, registo os meus negócios ou peço uma certidão, o Estado, e muito bem, fica com quase metade das verbas envolvidas no caso.
Eu pago e acho muito bem, portanto, exijo:
Um sistema de ensino que garanta cultura, civismo e futuro emprego para os meus filhos.
Serviços de saúde exemplares.
Um hospital bem equipado a menos de 20 km de minha casa.
Estradas largas, sem buracos e bem sinalizadas em todo o País.
Auto-estradas sem portagens.
Pontes que não caiam.
Tribunais com capacidade para decidir processos em menos de um ano.
Uma máquina fiscal que cobre igualitariamente os impostos.
Eu pago, e por isso quero ter, quando lá chegar, a reforma garantida.
Jardins públicos e espaços verdes bem tratados e seguros.
Policia eficiente e equipada.
Os monumentos do meu País bem conservados e abertos ao público.
E que não haja um único caso de fome e de miséria nesta terra.
Na pior das hipóteses, cada 300 euros em circulação em Portugal garantem ao Estado 100 euros de receita. Portanto Doutor Santana Lopes, governe-se com o dinheirinho que lhe dou porque eu quero e tenho direito a tudo!
O Português
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