quinta-feira, março 31, 2005

O sol já se esconde

O sol já se esconde
Vê o rasto vermelho da partida
Olha a sua luz, difusa, cansada
Sem força para queimar

As aguas imensas, prateadas
Vê como estão serenas, cansadas
Sem forças para ondular

As rochas, negras, silenciosas
Vê como estão gastas, imóveis
Quais sentinelas cansadas
Sem forças para velar

O vento já não se sente
Vê como está ameno, afavél
É agora uma brisa suave, cansado
Sem forças para soprar

Os pássaros aos bandos
Poisaram na areia molhada
Vê como estão belos e cansados
Sem forças para voar

Olha agora para mim
Acaricia o meu corpo, pesado
Vê os meus olhos vencidos, sem brilho
Guarda no teu peito, o meu rosto cansado
Sem forças para amar
Jac®